terça-feira, 26 de setembro de 2017

Razões


Porque morrer parece a única coisa lógica.
Porque continuar não tem sentido algum.
Porque a dor de tudo invade meu peito.
Porque eu não suporto mais.


sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Então...

E então, subitamente ela se foi. Como se sua alma rodopiasse junto com as folhas que eram levadas pelo vento em redemoinho em direção à liberdade azul do céu. Nesse instante suas palavras sorriram para mim, a morte é uma solução permanente para dores passageiras e eu soube que ela, enfim, flutuava.



sexta-feira, 14 de março de 2014

Foto Antiga




Foto Antiga

Gosto de ver fotos antigas. É como olhar nos olhos de fantasmas. Almas presas no passado. Fotos antigas me fazem pensar na brevidade da nossa vida, e na insignificância do nosso conhecimento. Olho na tela do computador aquelas pessoas ali, em preto-e-branco, tão imponentes em seus ternos bem cortados e vestidos da moda. O ano é 1926, e elas devem acreditar que sabem. Que conhecem de tudo. Será que alguma delas pensou, ou sequer imaginou que, um dia, quase um século depois, uma mulher, advogada, de vestido até o joelho, estaria vendo seus rostos através de uma máquina enquanto conversa, em tempo real, com sua amiga que está do outro lado do planeta?
Então percebo que eu sei tão pouco quanto aquelas pessoas. Para onde aquela garotinha de cabelos curtos e braços cruzados está olhando. E quem é aquele menino que se destaca por seu terno escuro e sua cabeça erguida? Será que um dos netos dele trabalha perto de mim, será que ele conheceu meu avô? Talvez tenham corrido juntos atrás de uma bola nos chãos de terra daquela época, ou não.
O garotinho no canto esquerdo parece olhar para a menina de vestido branco e braços estendidos, pra quem o padre e o homem sentado ao seu lado também parecem olhar. Mas veja, tem uma garota maior, logo atrás, apontando para a menina também.
Quem seria ela e porque chama tanta atenção? Será que eu já a vi, velhinha andando pelas ruas?
Quantas dessas pessoas já morreram? Quantas foram felizes? Quantas realizaram seus sonhos? E quantas delas podem ter influenciado de alguma forma a minha vida e a vida da minha família, o que não é incomum numa cidade pequena?

É por isso que eu amo olhar fotografias antigas, porque mesmo me lembrando de que minha vida é breve, e de que meu conhecimento é insignificante, elas me fazem imaginar centenas de histórias. 

- fefa rodrigues -


quarta-feira, 12 de junho de 2013

Falar de Amor


Falar de Amor

Quero falar de amor.
Escrever sobre o amor.
Esse nosso amor que conheço na prática;
Mas que não consigo transformar em teoria.

Quero tornar o toque da nossa pele;
O beijo da nossa boca
E o som do nosso silêncio em poesia.

Para que transformado em palavra
Torne-se eterno
Aquilo que existe entre nós

- fefa rodrigues -


Feliz Dia dos Namorados





sexta-feira, 22 de março de 2013

é breve



A brevidade da vida é o que me assusta. A nossa total incapacidade de controlar o tempo, de segurar o momento, esse momento que acabou de passar, que já não existe mais. E então penso que deve ser por isso, para não pensar nisso, para não enlouquecer com isso, que a gente se lança a tanta coisa, tanto trabalho, tanta burocracia inútil e me pergunto: “Afinal de contas, qual é a importância dessa questão, desse processo, desse requerimento? Porque diabos eu tenho que passar oito horas do meu dia dentro de uma sala de paredes marrom quando a vida está acontecendo lá fora?”.

Tudo isso talvez seja exatamente para não percebermos que a vida passa, que o tempo corre, e que não somos senhores dele, que não o controlamos. Então, apesar dessa indignação no meu peito, dessa revolta que me faz querer correr para fora e deixar que a chuva desmanche meu cabelo arrumado e borre minha maquiagem, eu me controlo, me concentro, desvio o olhar da janela e da água que cai livre, e volto para esse importante processo na minha mesa, para decidir qual é o valor do tributo que terá que ser pago.


- fefa rodrigues - 



quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Agradecimento


Oi gente, obrigada a todos que deram opiniões e colaboraram comigono desenvolvimento de São os Loucos Anos 20!!!

E agora, começo o próximo...

Beijos
Fefa Rodrigues


segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Opinião

Olá, amigos.

Decidi criar o blog para expor um pouco do que eu escrevo e para me relacionar com pessoas que gostam e ler e que podem me ajudar nessa minha terapia.

A questão que se põe a minha frente é sobre os rumos que eu devo tomar. Tenho duas ideias para a continuidade e final do conto São os Loucos Anos 20, e não consigo me decidir por um deles, pois minha dúvida é: seria mais interessante uma contiuidade realista ou uma continuidade fantástica? Ou, talvez, inspirada em Gabo, um realismo fantástico?

O que acham??

Abraços e obrigada pela ajuda!